Falar salva vidas: um convite à reflexão sobre prevenção ao suicídio
- MAGNO AMORIM
- 17 de set.
- 1 min de leitura
Atualizado: 19 de set.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 73% dos suicídios acontecem em países de baixa renda. Esse dado ajuda a desconstruir preconceitos comuns e dolorosos, como a ideia de que o suicídio seria apenas “falta de fé” ou “ausência de valorização da vida”. Na realidade, as ideações suicidas estão muitas vezes relacionadas a necessidades básicas não atendidas, como segurança, alimento, abrigo e estabilidade, que tornam mais difícil enxergar perspectivas de futuro.
O sociólogo Émile Durkheim já ressaltava que a justiça social é um importante fator de proteção contra o suicídio. A falta dela gera desigualdade, pobreza e vulnerabilidade, aumentando as chances de sofrimento emocional profundo. Em muitos casos, trabalhadores ainda enfrentam a proximidade de meios letais, como pesticidas ou produtos químicos, o que amplia os riscos.
Por isso, falar sobre suicídio é fundamental. O silêncio e a negação ampliam a fragilidade diante do problema. Reconhecer a existência do tema, abrir diálogo e acolher quem sofre são passos essenciais para a prevenção.
Se você tem se sentido sobrecarregado, sem sentido ou em sofrimento, saiba que você não está sozinho. Conversar com alguém de confiança, procurar apoio profissional ou buscar ajuda em serviços especializados pode ser um primeiro passo para resgatar esperança e pertencimento. Sua vida importa, e o que você faz tem valor.
Setembro Amarelo é um convite à conscientização, mas não deve ser o único momento do ano em que falamos sobre isso. Cada gesto de empatia, cada escuta atenta e cada ação de cuidado pode ser decisiva. Falar salva vidas. E talvez, neste momento, a sua seja a mais importante delas.
Magno Amorim
Psicólogo Clínico CRP 06/200186
(11) 9.7454-2963
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