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A “caça às bruxas” da NR-1


Todos nós temos, de forma intrínseca, algo que Freud chamou de negação: um mecanismo de defesa pelo qual o indivíduo tenta esconder uma realidade para não entrar em contato com ela, especialmente pelo potencial doloroso que essa realidade pode trazer. Nesse processo de negação, eu basicamente finjo que algo não existe e, se não existe, eu não preciso lidar com isso.


O problema é que negar a existência de algo não significa que esse algo deixe de existir. Muito pelo contrário: quanto mais eu nego, mais frágil me torno.

A realidade pode ser dolorosa e difícil de aceitar, porque muitas vezes vai contra tudo aquilo que eu acreditei durante anos. Imagine passar 30 anos acreditando que a parede à sua frente era laranja, e um dia, ao tirar os óculos que usava, descobrir que na verdade ela era branca. O choque seria enorme: 30 anos de escolhas e decisões baseados em uma percepção distorcida. Isso dói e é exatamente o que muitos pacientes vivenciam no processo terapêutico: o confronto com realidades que não queremos aceitar ou que insistimos em negar.


E então vem a NR-1, que de forma incisiva obriga as empresas a avaliarem os fatores de risco psicossociais dentro do ambiente de trabalho. Riscos físicos, químicos e biológicos são mais "facilmente" identificados, pois são visíveis. Já os riscos psicológicos nem sempre aparecem aos olhos: estão internalizados nas relações, no clima organizacional, nas conversas, nas palavras, na postura. É fácil colocar “óculos” que nos fazem enxergar apenas o que queremos, e não o que realmente é.

Agora, imagine o cenário: você acreditando que sua empresa é o melhor lugar do mundo para se trabalhar, mas, ao receber um diagnóstico de riscos psicossociais, percebe que os colaboradores não se sentem assim. Você acha que seria fácil encarar essa realidade?


Essa constatação é dolorosa, e por isso muitos de nós negamos a realidade. Em 2024, foram 470 mil afastamentos por transtornos mentais no Brasil,  um dado que mostra que nem sempre o que pensamos corresponde ao que de fato acontece. Quando entro em contato com a realidade, não posso mais negar sua existência. Só me resta agir e isso pode doer.


Mas há também um outro lado dessa dor: o da liberdade. Quando entro em contato com aquilo que precisa ser mudado e inicio o processo de transformação, começo a experimentar uma vida mais livre, com maiores possibilidades de crescimento, desenvolvimento e resultados.


O diagnóstico de risco psicossocial não é uma “caça às bruxas” que as empresas precisam temer, mas sim uma janela de oportunidade para transformar desafios em diferencial competitivo. Quanto mais preciso for o diagnóstico, menos recursos serão desperdiçados em ações pouco eficazes, evitando desgaste e aumentando a assertividade das decisões. A NR-1 não é uma ameaça, mas uma parceira estratégica para a construção de empresas mais seguras, produtivas e sustentáveis.


👉 Sua empresa já está preparada para cumprir a Nova NR-1? Entre em contato com nossa equipe e descubra como implementar um Programa de Gerenciamento de Riscos Psicossociais completo, simples e alinhado às exigências legais.

Magno Amorim

Psicólogo Clínico CRP 06/200186

(11) 9.7454-2963


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Magno Amorim

Psicólogo Clínico CRP 06/200186

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(11) 9.7454-2963

 

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