Suicídio e saúde mental no trabalho: a responsabilidade das empresas na prevenção.
- MAGNO AMORIM
- 21 de set.
- 1 min de leitura

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 73% dos suicídios ocorrem em países de baixa renda. Esse dado rebate algumas crenças equivocadas e estigmatizantes, como a ideia de que o suicídio seria apenas “falta de fé” ou “ausência de valorização da vida”. Na verdade, as ideações suicidas estão muitas vezes associadas a condições concretas de vida e trabalho, como a falta de alimento, segurança, estabilidade financeira e perspectiva de futuro.
No ambiente organizacional, esse cenário ganha ainda mais relevância. Profissionais expostos a sobrecarga, isolamento, jornadas exaustivas ou sensação de injustiça podem desenvolver sofrimento psíquico intenso. Além disso, em muitos contextos laborais, trabalhadores têm acesso a meios letais como pesticidas, venenos e produtos químicos, o que aumenta a vulnerabilidade diante de crises emocionais.
A prevenção ao suicídio exige diálogo aberto, empatia e responsabilidade social. Mas, no universo corporativo, não basta apenas falar sobre o tema: é preciso criar estratégias concretas. Isso inclui políticas claras de cargos e salários, estruturas sólidas de progressão de carreira e atenção psicossocial permanente aos fatores de risco no ambiente de trabalho.
Cabe à liderança, como protagonistas da cultura organizacional, promover espaços de escuta e pertencimento. Reconhecer que cada colaborador é parte essencial da empresa, sendo necessário
um passo decisivo para fortalecer a saúde mental coletiva e reduzir riscos.
Setembro é um mês simbólico de conscientização, mas a prevenção precisa ser contínua. Falar sobre suicídio no ambiente de trabalho salva vidas e cada ação preventiva pode ser decisiva para mudar histórias.
Magno Amorim
Psicólogo Clínico CRP 06/200186
(11) 9.7454-2963
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